
O adolescente já percebeu que o segredo de seu rápido crescimento se deve muito ao fato do público estar cada vez mais variado, e tem sua própria opinião sobre o assunto. “O que acontece é que nos shows a galera mais jovem acaba indo acompanhada dos mais velhos, de um irmão, dos pais, que no fim acabam gostando de outras músicas que eu canto”, explicou.
Há três anos, o cantor viu a dupla João Bosco e Vinícius, que também ganhou destaque a partir de Campo Grande, estourar Brasil afora com “Falando Sério”. A música havia sido gravada um ano antes por Santana, e fez seu nome ser conhecido regionalmente. O sucesso nacional da canção na versão da dupla chegou a incomodar na época: “Foi muito estranho, tive um sentimento muito estranho. Só que isso foi de momento, por que depois eu fui entender que esse mundo da música é questão de oportunidades. Eles acharam que a música cabia, gravaram e estouraram. Eu era muito novo ainda, mas depois a gente vê que é natural do mercado.”
A música de Luan Santana que mais tocou em 2009 foi “Meteoro”, mas seu primeiro sucesso no meio sertanejo foi “Tô de Cara”, gravada em 2008. Ambas foram compostas por Sorocaba, da dupla Fernando e Sorocaba, um dos nomes responsáveis pelo sucesso do garoto.
Se um ídolo jovem é algo inédito na música sertaneja, a lista de cantores solo bem sucedidos também não é das mais extensas. Foi com essas duas características em vista que a carreira de Luan foi trabalhada.
No começo deste ano, um contrato com a gravadora Som Livre reiterou a ideia de que o caminho certo era esse mesmo. “Foi uma aposta, foi um desafio escolher cantar sozinho, mas eu acreditava que poderia dar certo. A aposta era justamente porque não havia ninguém fazendo o que eu fazia. Quando eu era criança, cheguei a ter uma dupla, mas a partir do momento em que comecei minha carreira mesmo, a gente decidiu que seria solo”, contou, dizendo ainda que não esperava que o sucesso viesse tão rapidamente.
O garoto, que contou estar ouvindo ultimamente “aqueles discos antigos do Zezé di Camargo & Luciano”, e que nasceu em 1991, mesmo ano em que “É o Amor” virou sucesso nacional, contou que só percebeu o tamanho de seu sucesso na última Festa do Peão de Barretos, em agosto passado. “Quando eu me apresentei pela segunda vez em Barretos, nesse ano, eu percebi que tinha chegado o momento de estourar no Brasil inteiro. Eu não esperava tudo aquilo, todo mundo me conhecendo, cantando minhas músicas. Eu não sabia mesmo que seria assim, posso dizer que foi um marco na mudança do sucesso regional para o nacional”.
Fonte: BOL
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