sexta-feira, 28 de maio de 2010

Confira entrevista com o meteoro de Campo Grande

É inevitável comparar a carreira de Luan Santana ao fenômeno que dá nome a seu maior sucesso: um meteoro. Esse raio luminoso rápido, forte e intenso, popularmente compreendido como “uma estrela cadente”, surge do nada, no meio da combustão de rochas perdidas na atmosfera, e risca a imensidão da madrugada, despertando pulos de euforia em quem assiste atônito, aqui debaixo, na Terra. Poucos resistem ao espetáculo. Não importa o tamanho da cidade, a classe social ou o lugar onde se vê (ou se escuta) o meteoro: no carro, no show, na fila da padaria ou no meio de uma conversa qualquer.


Porém, da mesma maneira que aparecem, tão rápidas como um susto, as estrelas cadentes tendem a desaparecer abruptamente, sem deixar vestígios. Um fenômeno que em muito se assemelha com as inúmeras duplas sertanejas universitárias que vez ou outra aparecem estampadas em outdoors, em quadros de TV e em festas com programação duvidosa. Luan Santana, um garoto de recém-completados 19 anos, sabe muito bem dessa efemeridade, dessa volatilidade a que está sujeito. E, nesta entrevista exclusiva para o Ragga Drops, ele parece confiante de onde quer chegar: “Desde o início deste projeto, focamos em fazer muitos anos de carreira. Só estamos começando o trabalho. E agora vamos continuar trabalhando para fazer deste um projeto duradouro”, conta.

De um menino que tocava clássicos sertanejos em casa, em Campo Grande, no começo dos anos 1990, no ano passado Luan ganhou o Brasil inteiro com os sucessos Meteoro e Tô de cara, cada qual com milhares de visualizações no YouTube. Em agosto, colocou mais de 50 mil pessoas para cantar suas músicas na Festa do Peão de Barretos. E, no mesmo mês, gravou um DVD ao vivo no Parque das Nações Indígenas, em sua cidade natal, onde reuniu cerca de 85 mil conterrâneos.

Amanhã, menos de dois meses depois de ter passado por Belo Horizonte, Luan volta a Minas para um show exclusivo na DivinaExpô, em Divinópolis. Em seguida, segue para Santa Catarina (sábado) e Rio Grande do Sul (domingo), só para ter uma ideia de como anda a sua agenda. O sucesso do prodígio do Mato Grosso está incandescente, pronto para explodir em chamas. Assim como os meteoros que gostamos de assistir.

Luan, para começar: como está sendo lidar com tanto sucesso tão novo? Há muita pressão em cima de você, não?Procuro não pensar nisso e nos títulos que estão falando. Continuo o mesmo Luan Santana de Campo Grande. Se cheguei até aqui, é resultado de muito trabalho e determinação. E vou continuar trabalhando para dar ao meu público sempre o melhor. Não sinto pressão, faço o trabalho e procuro fazê-lo benfeito.

Como você está lidando com as demandas do sucesso (entrevistas, participações em programas de TVs, rádio etc.)? Este lado da fama não chega a ser cansativo?Olha, o que posso falar para você é que quase não tenho mais dias de folga. É raro, mas às vezes tem algumas segundas ou terças-feiras em que não rola show, aí tem marcado programa de TV ou rádio. Enquanto a galera da banda vai para casa ver a família, eu estou trabalhando direto.

Existe um momento que você deixa o Luan Santana de lado e vira apenas o Luan, de Campo Grande? Quem é você quando está em casa?Continuo sendo o mesmo Luan de sempre, mas em casa procuro falar de outras coisas que não seja da minha carreira. Procuro saber como está a família e curtir bastante a minha casa.


As composições do Sorocaba (da dupla Fernando & Sorocaba) fazem muito sucesso na sua voz. Tem vontade de repetir a parceria com ele? Tem algum outro compositor em mente?Sorocaba fez músicas para este DVD (Luan Santana ao vivo, gravado em Campo Grande em agosto do ano passado) e tenho certeza de que ele e muitos outros compositores vão estar comigo no próximo trabalho.

Olhando de fora, todo mundo deve achar que o ponto máximo da sua carreira até agora foi quando você subiu ao palco do Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande, e viu mais de 80 mil pessoas na sua frente. É esse, de fato, seu momento mais marcante? Ou tem algum outro?Esse momento da gravação do DVD realmente foi o mais marcante pra mim, mas teve depois dois outros momentos marcantes. Um foi estar no Faustão, recebendo o DVD de Ouro. O outro foi quando voltei para receber o Prêmio Revelação de 2009.

Você cantou Justin Bieber em um show e já participou de Malhação ao lado de Fiuk. Que música você escuta quando está em casa? Taylor Swift, Nickelback e McFly.

Não tem medo de rótulos? Nunca sentiu vontade de ir além do sertanejo universitário?Nunca me considerei sertanejo universitário, porque os sertanejos universitários fizeram faculdade e eu nem consegui prestar vestibular (risos). Além disso, meu público não é só de galera de faculdade, mas também crianças, jovens, adultos e até pessoas mais velhas. Canto de tudo nos meus shows. Sou apenas um cantor sertanejo.

Você consegue se imaginar cantando Meteoro daqui a cinco anos? Claro! Essa música não vai poder faltar nunca nos meus shows e pretendo ter muito mais do que cinco anos de carreira. O Zezé Di Camargo e Luciano sempre cantam É o amor e o Chitãozinho e Xororó, Fio de cabelo. Claro que vou cantar Meteoro sempre. Esse foi o meu primeiro grande sucesso.

A agenda de 2009 foi intensa, com shows nas mais diversas regiões do Brasil e quase todos os dias. Como está a deste ano? O que vem por aí?A agenda deste ano está um pouco mais complicada porque lançamos o DVD e o CD em novembro e, a partir disso, começamos a fazer a divulgação em rádios e programas de TV, além de entrevistas e shows. Posso falar que este ano meus dias de folga estão muito reduzidos.
Fui convidado para ser o primeiro embaixador da Festa do Peão de Barretos. Será a primeira vez que isso ocorre e, em toda a mídia da festa, serei o garoto-propaganda, convidando a galera para ir pra festa. Decidi também que todo meu cachê deste show será para o Hospital de Câncer de Barretos, que, inclusive, já visitei este ano.
Outro projeto é o cruzeiro do Luan Santana, que vai rolar de 14 a 17 de dezembro. Vou estar lá fazendo um show pra galera!

Não tem nem dois meses que você já esteve em Minas e já está de volta. E a previsão é de show lotado mais uma vez. Isso é exclusividade do povo mineiro ou a repercussão está boa assim em todos os cantos? Agora retorno para tocar na DivinaExpô, em Divinópolis, colado em BH. Já soube que os passaportes estão praticamente esgotados. Isso é muito bom, ver o reconhecimento do nosso trabalho.
Tem sido assim em todo o Brasil e agradeço muito aos meus fãs por isso.

Fonte : Divirta-se

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